História

O Amor na história e a História do amor


Olá.

Vocês em algum momento da vida já deram uma de filosófos e começaram a fazer perguntas do tipo: De onde vim? Para onde vou? Quem inventou o amor?

Bom, para as perguntas iniciais a resposta é subjetiva levando em consideração credo religioso entre outros fatores que compõem a identidade de cada um. Já a terceira questão, é mais fácil de ser respondida.

Acompanhem o vídeo abaixo para esclarecer algumas dúvidas e, porque não, para fazer brotarem outras?!

Aguardo, ansiosamente, como uma bela moça na janela à espera de uma declaração de amor, a resposta desse vídeo por parte de vocês.






 
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O amor na história


Ao longo da história, o amor passou por inúmeras mudanças. Se fosse possível voltar ao século XVIII veríamos que o amor romântico, esse dos finais felizes de filmes e novelas, era motivo de piada. Viajando no tempo um pouco mais, até o século III, verificaríamos que para os seguidores do cristianismo, o casamento totalmente casto (deixa de preguiça e vai buscar o significado no dicionário!) era o ideal – só se podia amar a Deus. Voltando outro tanto no tempo, veríamos que na Grécia antiga os soldados mais bravos também eram ardentes amantes homossexuais. O que significa que o amor não é escolha e, sim, acontecimento. O amor seria uma invenção?

Se é uma invenção, uma ocorrência fica a critério de vocês acreditar. A escritora
Regina Navarro Lins diz que "o amor sempre foi assim como o é hoje, mas ele é uma construção social”.

Abaixo selecionamos alguns trechos de uma entrevista concedida pela autora. Acompanhem e não me deixem "no vácuo" sem saber a opinião de vocês.
 
TRECHOS DA ENTREVISTA

As regras do amor já foram diferentes, certo? Como isso funcionava? Os casamentos eram combinados, havia interesses financeiros e sociais em jogo...

No século XIX o casamento por amor passou a ser uma possibilidade, mas mesmo assim, se formos estudar a literatura da época, vemos que ainda há muitas uniões feitas por interesse ou outros motivos que não o amor romântico. No período do Iluminismo, por exemplo, ninguém queria ser escravo das emoções. A melhor descrição desse sentimento está no romance de Choderlos de Laclos, As ligações perigosas, em que o ideal romântico do amor é totalmente ridicularizado. A partir do século XX, todo mundo passou a casar por amor, o que começou a gerar expectativas diferentes – antes esperava-se que o homem fosse um bom provedor e que a mulher fosse uma boa mãe e dona de casa, e só. O casamento durava a vida toda, sem ansiedades nem grandes expectativas. Mas, com a união entre o casamento e o amor, passou-se a esperar que o parceiro também trouxesse realização afetiva e prazer sexual. E aí começam as frustrações. O amor romântico contemporâneo é calcado na idealização e traz expectativas e ideais que não se cumprem. Com a convivência, é impossível continuar idealizando o parceiro. A sedução se perde. Essa ideia de que o casamento será uma “fusão” de duas pessoas em uma só é uma mentira, cria uma dependência terrível entre as pessoas.

Em seu livro, vemos que a instalação do patriarcado – sob o qual o homem é o chefe inconteste da família, e superior à mulher – surgiu há cerca de 5 mil anos. Como isso se deu?

Por milênios, a humanidade não ligou o sexo à reprodução. Os casais faziam sexo, o homem saía para caçar e a mulher ficava na caverna. Quando ele voltava, a mulher estava grávida ou havia nascido uma criança. Acreditavam que ela tinha sido inserida no ventre materno por um sopro que vinha do mar, das grutas, da floresta. Quando se começou a criar animais é que a ficha caiu. O homem notou que as ovelhas desgarradas não procriavam. Aí surge a ideia de que o macho é que era o único responsável pela procriação e de que a mulher era só um “receptáculo”.  Essa ideia perdurou por milênios.

De que forma essa noção mudou nos últimos séculos?

Antes da Revolução Industrial, a mulher era aprisionada aos filhos, passava a vida inteira parindo, pois os filhos eram vistos como bens valiosos – representavam mais mão de obra para ajudar na lavoura. A chegada das máquinas ajudou a liberar essa necessidade de procriação.  No século XIX, se comprovou cientificamente que ambos, mulher e homem, têm participação igual na concepção. A partir da popularização da pílula anticoncepcional, nos anos 1950, o sistema patriarcal começa a perder suas bases, uma mudança que se consolidou com a gradativa liberação feminina. O patriarcado milenar oprime as mulheres, mas também os homens. Eles têm de corresponder ao ideal masculino da sociedade patriarcal de força, sucesso, poder. Têm de ser corajosos e ousados, não podem demonstrar emoções nem “brochar”.


Viram só? Imaginem se vocês tivessem nascido há uns séculos atrás? Não teria de fazer coraçãozinho com a mão ou dizer aos quatros ventos que ama Fulaninho(a) ou Sicraninho(a). Vocês teriam é que casar com quem fosse determinado pelos pais, ou seja, pela conveniência. Será que, ainda existe isso na sociedade: casar sem amor, só por convenção?


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